domingo, 6 de março de 2011

Novos Caminhos da Bateria Brasileira

Nesta postagem quero contar a você sobre o processo de elaboração de meu livro, “Novos Caminhos da Bateria Brasileira”, e sobre como eu não decidi que escreveria um livro sobre ritmos brasileiros, mas o fiz por necessidade... Como assim?
Num congresso de jazz latino na República Dominicana, fiz um seminário sobre meu livro e que responde a pergunta que acabei de fazer. Segue abaixo uma das seções de minha apresentação.

Seção VII: Por necessidade...
“Novos Caminhos da Bateria Brasileira” foi escrito a partir de minha própria necessidade de ensinar e estudar ritmos brasileiros fazendo uso das técnicas pedagógicas utilizadas em outros livros que fizeram parte de minha própria formação, com objetos de estudos diversos, mas todos com o objetivo de auxiliar e me guiar no desenvolvimento como músico especialista no instrumento bateria.

Além de pesquisar livros sobre a cultura brasileira e incontáveis gravações, consultei diversos percussionistas e especialistas em suas áreas no Brasil em busca de informações, confirmações e contradições sobre variações rítmicas intermináveis de um ritmo como coco, por exemplo, que em diferentes regiões do país, é tocado de formas particulares. Não há verdades finais, é claro, mas houve uma incessante busca por matrizes de cada um dos ritmos e por maneiras interessantes de explicar e propor estudos para bateria com o máximo de consciência da percussão, prática inovadora no estudo da bateria brasileira, enquanto processo didático.

Como professor há vinte anos, dia após dia, eu tive a oportunidade de perceber o grau de dificuldade que o estudante enfrentava diante dos exercícios e repensar, corrigir e criar uma nova seção que preparasse para a próxima, e assim por diante. Nesse processo surgiu o conceito da independência técnica, fraseológica e musical, que traz de fato, resultados, não só para o estudo de ritmos brasileiros e que representa uma inovação didática, uma proposta de estudo que se faz passo a passo, para o amadurecimento da coordenação, da consciência das divisões rítmicas, do repertório fraseológico e do discurso musical.

Finalmente as “claves brasileiras”, busca influenciada pela bateria afro-latina, dos ritmos cubanos somada à ambidestria, são inovações musicais com certos antecedentes de bateristas com suas combinações entre samba e baião, mas nesse capítulo levadas bem mais a fundo e que então representam um novo campo de pesquisa e inédita proposição feita por uma publicação especializada em bateria brasileira.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. No Programa Tarde de Batera com J. Couto

    J. Couto toca um Tema de Sérgio Gomes

    Confira: http://joaoluizcouto.blogspot.com.br/

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