segunda-feira, 6 de junho de 2011

Play-alongs podem ser muito úteis!

Play-alongs começaram a ser usados como recurso pedagógico no processo de aprendizagem e prática de instrumentos musicais desde fim dos anos 70 e hoje fazem parte de qualquer programa de ensino em escolas, conservatórios, no ensino superior e em aulas particulares. Bom sempre ter em mente que uma gravação com uma pista livre, não importa para qual instrumento é um meio e não um fim, um momento de prática e aperfeiçoamento para, de fato, tocar. Com o play-along de um tema latino, pop, jazz e mais recentemente em temas brasileiros, o músico pode repetir diversas vezes uma faixa experimentando conduções diferentes, frases diferentes em solos e o grupo não reclama com ele...

Por outro lado, no caso do jazz enquanto abordagem estilística, com improvisação e interação entre o grupo a cada instante, é preciso estar atento para que o treinamento com play-along não desenvolva uma percepção um tanto isolada e dificulte a conversa musical, um dos grandes prazeres do músico, da música e do público conectado. Na verdade essa conversa no que diz respeito à música ao vivo, shows e apresentações acontece em qualquer estilo, mas com critérios diferentes. 

Ao mesmo tempo, os play-alongs são ótimos para um workshop aonde a participação de um grupo não seja possível em função da estrutura do evento. Muitas vezes não há dinheiro suficiente para o cachê, alimentação, hospedagem e transporte de uma banda, então levar gravações em um ipod certamente vai criar a oportunidade de mostrar os ritmos e conceitos que estão sendo tratados no workshop. Além disso, o público não ouviu as gravações tantas vezes quanto o professor/artista e então a sensação mágica de uma apresentação musical é criada muito mais em função da energia do artista/professor.
Play-alongs podem ser muito úteis!

Abaixo, dois play-alongs de meu livro "Novos Caminhos da Bateria Brasileira", tocados em São João da Boa Vista, 28 de maio de 2011. Primeiro Dança do Maracatu, em seguida Bluesamba, ambas com várias interpretações de bateristas de diversas partes do Brasil, postados no youtube.

Quando puder, visite meu site www.sergiogomes.com e veja vídeos das mesmas músicas tocadas em grupo e sinta  diferenças de andamento, energia e comunicação entre os músicos. 




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