
Encontrei um filmagem feita algum tempo atrás por um amigo, Daniel, que na época era meu aluno. Ele costumava ir aos shows do meu quinteto com uma câmera e filmava para que depois pudéssemos assistir, comentar e também porque ele curtia 'filmar'. Nesse vídeo abaixo, ele ajeitou a câmera ao meu lado, de forma que só dá para me ver e, às vezes, um pouco o Robertinho Carvalho, no baixo.
O resto da banda pode ser ouvida, claro, e sentida através das minhas expressões, pelo modo como reajo (ou não) ao que eles estão propondo musicalmente. "Eles" são Moisés Alves, piano, Vitor Alcântara, sax soprano e Anderson Quevedo, sax alto. Grandes músicos/amigos e que me desculpem pela ausência de suas imagens. A música é "Cidades Imaginárias" e nenhum nós se lembrou da câmera, então é tudo muito espontâneo.
Para os bateristas, há diversas levadas de baião que faço no Hi-hat, pratos (cymbals), agogô com mão direita, ambas as mãos na caixa (snare drum), movimentação do chimbal (Hi-hat) e cowbell com o pé esquerdo e diferentes 'fills'. Depois de conhecer a música, seu tema e motivos, observem que desenvolvo o solo inicial sobre o motivo central do tema.
Nos bastidores do tambores, aquele área que o público quase não vê, concentração nos solos, convenções, nos músicos e em como contribuir para que a música fique sempre mais bonita de se ouvir.
Nos bastidores do tambores, aquele área que o público quase não vê, concentração nos solos, convenções, nos músicos e em como contribuir para que a música fique sempre mais bonita de se ouvir.
Grande Sérgio Gomes, como falar da composição “Cidades Imaginárias” sem falar que a mesma reflete a característica forte presente no disco todo. Música brasileira de primeira qualidade com mescla de sonoridade e liberdade jazzistia com muita criatividade. Adorei a gravação e a fidelidade ao arranjo original misturado ao improviso do Vitor. Vale ressaltar que seu solo (nem sempre visto em solos de bateristas) é composto em alguns momentos por pequenos motivos o que o torna extremamente musical, parabéns. Parabéns também, é claro, pela composição “Cidades Imaginárias” com discurso curto e simples em seus temas, convenções de muito bom gosto e contrastes perceptíveis faz com que possamos entrar nesse universo proposto pela mesma de uma forma muito agradável e direta. Destaque em especial fica pra parte do Interlude (não sei como você a chama) na saída do solo. Grande ideia distribuir o tema “A” no baixo acrescentando um tema com notas longas nos sopros. Contraste perfeito genial! Parabéns Sérgio grande abraço Felipe Nunes
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