sábado, 25 de fevereiro de 2012

Nos Bastidores dos Tambores


Encontrei um filmagem feita algum tempo atrás por um amigo, Daniel, que na época era meu aluno. Ele costumava ir aos shows do meu quinteto com uma câmera e filmava para que depois pudéssemos assistir, comentar e também porque ele curtia 'filmar'. Nesse vídeo abaixo, ele ajeitou a câmera ao meu lado, de forma que só dá para me ver e, às vezes, um pouco o Robertinho Carvalho, no baixo.


O resto da banda pode ser ouvida, claro, e sentida através das minhas expressões, pelo modo como reajo (ou não) ao que eles estão propondo musicalmente. "Eles" são Moisés Alves, piano, Vitor Alcântara, sax soprano e Anderson Quevedo, sax alto. Grandes músicos/amigos e que me desculpem pela ausência de suas imagens. A música é "Cidades Imaginárias" e nenhum nós se lembrou da câmera, então é tudo muito espontâneo.

Para os bateristas, há diversas levadas de baião que faço no Hi-hat, pratos (cymbals), agogô com mão direita, ambas as mãos na caixa (snare drum), movimentação do chimbal (Hi-hat) e cowbell com o pé esquerdo e diferentes 'fills'. Depois de conhecer a música, seu tema e motivos, observem que desenvolvo o solo inicial sobre o motivo central do tema.
Nos bastidores do tambores, aquele área que o público quase não vê, concentração nos solos, convenções, nos músicos e em como contribuir para que a música fique sempre mais bonita de se ouvir.



Um comentário:

  1. Felipe Nunes (pianista)26 de fevereiro de 2012 às 22:00

    Grande Sérgio Gomes, como falar da composição “Cidades Imaginárias” sem falar que a mesma reflete a característica forte presente no disco todo. Música brasileira de primeira qualidade com mescla de sonoridade e liberdade jazzistia com muita criatividade. Adorei a gravação e a fidelidade ao arranjo original misturado ao improviso do Vitor. Vale ressaltar que seu solo (nem sempre visto em solos de bateristas) é composto em alguns momentos por pequenos motivos o que o torna extremamente musical, parabéns. Parabéns também, é claro, pela composição “Cidades Imaginárias” com discurso curto e simples em seus temas, convenções de muito bom gosto e contrastes perceptíveis faz com que possamos entrar nesse universo proposto pela mesma de uma forma muito agradável e direta. Destaque em especial fica pra parte do Interlude (não sei como você a chama) na saída do solo. Grande ideia distribuir o tema “A” no baixo acrescentando um tema com notas longas nos sopros. Contraste perfeito genial! Parabéns Sérgio grande abraço Felipe Nunes

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